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 ~ Escritos de André Onghero ~

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diogo josé
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MensagemAssunto: ~ Escritos de André Onghero ~   ~ Escritos de André Onghero ~ Icon_minitimeQua Fev 13, 2008 11:19 pm

A seguir, alguns escritos retiradas do blog do André, Escritos da Caverna.

20/09/2006

Caminho sobre raios de luz
Navego em gotas de água

A queda é racionalmente certa
Seja bom, seja ruim
Que ao menos seja poético

20/04/2001

Sinto sua falta
Uma música lenta
Como a chuva calma no telhado
Sinto sua falta
Na luz amarela
No livro de poesia
Sinto sua falta
De olhos fechados
De olhos abertos
Sinto sua falta
Nas capas dos discos
Nas roupas penduradas
Sinto sua falta
Na cama
Embaixo das cobertas
Nem frio, nem calor
Apenas tua falta
Uma mão imaginária
Um corpo imaginário
Só tua falta
Da ponta dos cabelos
Até os dedos dos pés
E respiro diferente
Sinto cada parte
Ao mesmo tempo
Só ar, e tua falta
Me percorre
E sinto meu coração
Bombeando o sangue
Cheio do ar
E da tua falta

Não estou triste
Por sentir tua falta
Prefiro sentir do que não sentir
Deixar que os sentidos viajem
E procurem na memória
As sensações ainda vivas
E selvagens

É daqui que eu vejo
Essa tarde de chuva
Em que você está a quilômetros daqui
E nem sei fazendo o quê
E nem quero saber
Pois agora estou ocupado
Sentindo tua falta.

Escrever

A cada ano escrevo mais
Escrevo mais em minha vida
Escrever é falar com ninguém
Esperando ou pensando estar falando a todos
E para todos os tempos
Dialogando com os imortais
A pretensão e fascinação com o futuro
E a impossibilidade do presente
Mas escrever é eternizar o presente
É tentar dominar o impossível
E sempre adorei o impossível
É a realidade do momento
Que existe em minha cabeça
A partir
Apenas uma partida
E que não seja nunca um fim
Não é isso que eu quero
Geralmente não uso ponto final
Apenas um momento que se desvaira pelo tempo
Por um tempo sem tempo, um tempo fora do tempo
E faz tempo que sei que a maior eternidade é a do esquecimento
Mas isso não me perturba mais
Aprendo a ver a vida como caminho e não fim
Onde a alegria é dar cada passo sempre a caminho do próximo passo
Mas um de cada vez
Uma letra de cada vez
E estou a escrever e só queria dizer
Que escrevo mais a cada ano
E acho que é por que estou
Cada vez mais só

17/02/2002
O santuário

I
O fim de uma tarde de outono
Tem a mesma cor todos os anos
Quando o sol já se põe mais ao Norte
E sua luz doura os galhos dos pinheiros
Os mesmos pinheiros do ano todo
Hoje ganham um dourado em seu verde escuro
E no céu aquelas nuvens que um dia já olhei
Com os olhos cheios de lágrimas
Este é meu santuário
E aqui lembrarei de mim
A olhar e admirar cada pedaço
Deste pedaço de mundo

II
Olhando nessa direção
Estão os quadros que não pintei
Os versos, que sem papel, voaram
Para junto das aves
As lágrimas que o sol secou
As paixões que o sol levou
O amor que o sol iluminou


14/08/2002

Os dias voam e não sei o que pensar
O que nos espera o amanhã?
Depois de passado o amanhecer da vida
Não será fatigante o sol do alto dia?
Os dias são iguais, os anos mais curtos
Trabalhamos e acumulamos
E traçamos objetivos sem muito refletir
Já pouco paramos
Os amigos se vão, os sonhos se perdem
Os momentos alegres têm ar de nostalgia
Nos cabe relembrar o ontem
Que quando era hoje não nos satisfazia
Queríamos o amanhã
Agora queremos o ontem
Enquanto o hoje se vai
E a vida segue meio sem gosto
E a sensação de vazio nos encontra
Quando não estamos cansados demais
Pouco visitamos o templo sagrado do coração
Trocamos as idéias abstratas
Pelos problemas simples e imediatos
Nos tornamos adultos e quase iguais
Achamos que nossa incapacidade
De nos adaptarmos é um dom em potencial
Que nos torna pessoas especiais
Nos inspiramos nos relógios
Cresce a miopia e os cabelos brancos
O sol está alto no céu e nossas sombras pequenas

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MensagemAssunto: Um texto mais recente do André   ~ Escritos de André Onghero ~ Icon_minitimeQua Fev 13, 2008 11:25 pm

Certas canções guardam outonos e invernos
guardam chuvas ou fins de tarde
algumas nos arrepiam
algumas nos enchem de saudade
e nos põe em contato com os sonhos
que já pensávamos ter esquecido

Algumas canções ficam guardadas nas estrelas
outras na lua cheia
Algumas ficam escondidas no horizonte
e é difícil encontrá-las

Às vezes acontece
de esbarrar em uma canção na rua
Mas geralmente elas surgem quando o sol ilumina uma planta
ou quando as estrelas parecem piscar

Estas canções tocam bem baixinho
por isso ouvimos melhor quando estamos sozinhos

André Luiz Onghero (23/01/2008)
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MensagemAssunto: Re: ~ Escritos de André Onghero ~   ~ Escritos de André Onghero ~ Icon_minitimeTer Fev 19, 2008 4:43 pm

lindas, lindas..
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MensagemAssunto: Re: ~ Escritos de André Onghero ~   ~ Escritos de André Onghero ~ Icon_minitime

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